Implantação de clínica de hemodiálise em Guajará-Mirim é discutida por Dr. Neidson

Implantação de clínica de hemodiálise em Guajará-Mirim é discutida por Dr. Neidson

Conselho Municipal de Saúde solicitou a reunião realizada na Sesau para avaliar a possibilidade

Durante reunião realizada na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) no início do mês, o deputado Dr. Neidson (PMN) discutiu sobre a possibilidade de implantação de uma clínica de hemodiálise em Guajará-Mirim. A reunião foi solicitada pelo Conselho de Saúde do município.

Entre os aspectos discutidos, os custos mensais para que a implantação fosse possível foi um dos mais abordados. Segundo Dr. Neidson, a Sesau afirma que, no momento, não existe condições para atender essa demanda.

“Porém, eu sugeri que empresas pudessem apresentar propostas ou que o Estado estudasse a possibilidade de autogestão”, ressaltou o deputado.

Segundo um empresário do ramo de nefrologia, para a implantação de uma clínica de hemodiálise seria necessário a construção de um prédio com uma área de 800 m², mais a instalação de 17 máquinas, algo que custaria em torno de R$ 5 milhões.

“Esse seria o valor total. Só a aquisição das 17 máquinas sairia por aproximadamente R$ 1 milhão e a obra custaria o valor restante. Já o valor para manter a clínica seria de R$ 400 mil por mês, o que somaria quase R$ 4,5 milhões por ano”, frisou o parlamentar.

A Sesau se comprometeu a fazer o levantamento de todos os custos e encaminhar para a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Segundo Dr. Neidson, a ideia é conseguir, junto à bancada federal, levantar recurso para a implantação da clínica.

“Outra saída seria o Estado assumir a hospedagem e a alimentação dos pacientes renais crônicos que precisam vir até Porto Velho para fazer a hemodiálise. Seria uma forma de ajudar os renais crônicos de forma mais rápida”, defendeu Neidson.

Hospital de Guajará-Mirim

A obra do novo hospital de Guajará-Mirim também foi outro ponto discutido na reunião. O contrato com a empresa responsável pela construção, iniciada há seis anos, já venceu.

“No final de 2018 encaminhei uma emenda de R$ 900 mil e o Estado entrou com mais R$ 81 mil para pagar a dívida com essa empresa após um acordo judicial. A empresa ficou de concluir a obra em fevereiro de 2019, o que não aconteceu. Pediu prorrogação para o mês de junho do mesmo ano e também não cumpriu”, lembrou Dr. Neidson.

De acordo com o deputado, a empresa já foi multada com o valor de 10% do contrato por não conclusão da obra. Ainda segundo a Controladoria Geral da União, existe um superfaturamento no contrato além da utilização de materiais de qualidade duvidosa.

“Hoje essa empresa se encontra sem vigência contratual. Eles alegam que o Estado deve pagar a manutenção dos equipamentos que, aliás, não foram entregues e estavam no contrato. O Estado já disse que não pagará. A empresa ficou de apresentar uma proposta para a conclusão da obra no final do último mês de dezembro e não aconteceu”, enfatizou Dr. Neidson.

Na reunião, a empresa apresentou a então proposta para análise da Sesau que, por sua vez, adiantou que não acatará pedido de mais recurso. “Até porque o contrato já venceu e eles não o cumpriram. É mais provável que o Estado constitua outro processo licitatório para a conclusão do hospital”, acrescentou Neidson.

Cemae

O Conselho Municipal de Saúde Guajará-Mirim também colocou em pauta o Centro Multidisciplinar de Atendimento Especializado (Cemae), responsável pelo atendimento de crianças com necessidades especiais no município.

“Eles solicitaram atendimento especializado, principalmente um médico neurologista. O centro conta com vários pacientes que têm dificuldade de atendimento por conta da regulação. Hoje são aproximadamente 200 crianças atendidas por apenas cinco profissionais. Em uma reunião que teremos com o Ministério Público lá em Guajará, vamos dar uma passada no Cemae para fazermos um levantamento e, junto com o Governo, ver o que possamos fazer para ajudá-los”, informou Dr. Neidson.

Uma emenda no valor de R$ 550 mil, de autoria do deputado, disponibilizada em 2017 foi questionada pelo Conselho Municipal de Saúde, uma vez que, segundo eles, ainda falta R$ 383 mil para serem utilizados. Segundo Dr. Neidson, o Governo se comprometeu a nos apresentar uma prestação de contas para indicar onde o recurso foi investido.

“Segundo o Governo, é bem provável que essa emenda já tenha sido totalmente investida, pois o Estado já fornece medicamentos para o município há um bom tempo”, concluiu Dr. Neidson.