“A saúde do estado vai virar um caos”

“A saúde do estado vai virar um caos”

Afirmação é do deputado Dr. Neidson, que reforça a necessidade de regulamentação urgente dos plantões especiais e horas extras para profissionais da área

Da Redação

O deputado estadual Dr. Neidson de Barros Soares (Podemos) voltou a debater, durante sessão extraordinária na Assembleia Legislativa de Rondônia, as reivindicações dos pacientes e funcionários da área de saúde. “Além de retornar o debate acerca da alimentação do Hospital João Paulo II, expus as dificuldades da regulamentação dos plantões especiais e horas extras dos profissionais da saúde pública. Estas são demandas em benefício da melhoria da qualidade dos serviços de saúde, que defendi por ocasião de uma visita que fiz ao hospital e que venho defendendo ferrenhamente”, explicou o parlamentar.

Após a visita, o deputado pediu que a Vigilância Sanitária inspecionasse a cozinha da unidade e foi comprovado que o local estava muito aquém do exigido para tal trabalho, motivo que levou a sua interdição. “Na mesma visita, em conversa com diretores do hospital, fui informado que a escala de plantões para cirurgias ortopédicas no João Paulo seria reduzida, uma vez que estavam sendo feitas cerca de doze operações diariamente, entre eletivas e de emergência, porém regulamentação de plantões especiais e horas extras, o que inviabilizava o pagamento dos médicos e demais servidores pela realização destes serviços”, narrou Dr. Neidson.

Diante deste quadro, o parlamentar conta que entrou novamente em contato com a Secretária de Estado da Saúde, recebendo a informação de que o projeto de regulamentação de plantões especiais ou horas extras, que haviam sido tiradas do Plano Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR), para ser publicado. Só que isso não aconteceu e, agora, os médicos que faziam as horas extras e plantões especiais suspenderam esses atendimentos porque eles foram avisados de que não tem como ser pagos por estes serviços.

“Acontece que, mesmo os plantões especiais tendo sido tirados do PCCR, os médicos continuaram a realiza-los até o final de março. No entanto, ao serem informados que não iriam receber por estes atendimentos, eles suspenderam as atividades estas atividades e, desta forma, vai virar um caos a saúde do estado”, desabafou o deputado.

Ainda segundo ele, “o secretário Fernando Máximo disse, em janeiro, que já havia feito um decreto, que estava na PGE para ser publicado em breve, o que evitaria esse corte dos serviços pelos médicos, mas a regulamentação não aconteceu.  Já na semana passada disse, novamente, que iriam regulamentar e, mais uma vez não o fizerem. Estão esperando que ocorra o caos, o que em verdade já está acontecendo, pois já fui informado que no hospital de Extrema já estavam com problemas para fazer a escala de enfermeiros, devido ao fato de saberem que não vão iriam receber pelo trabalho, uma vez que não haveria amparo legal para pagamento, ou sejam a regulamentação do decreto anunciado pelo secretário Fernando Máximo”, complementou Dr. Neidson.

Ele finalizou o debate com a seguinte reivindicação: “Peço ao governo, às autoridades responsáveis ela nossa saúde pública, que façam essa regulamentação com urgência para que sejam pagos tanto os plantões especiais futuros quantos já realizados. Não permitam que pacientes sofram maiores consequências devido a esta situação”.

Foto: Divulgação

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