Abipesca pede crédito emergencial para reduzir impacto do tarifaço

Abipesca pede crédito emergencial para reduzir impacto do tarifaço

 

A Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca) protocolou nesta segunda-feira (21) um pedido formal ao governo federal para a criação de uma linha emergencial de crédito destinada às indústrias exportadoras do setor. A iniciativa visa minimizar os impactos imediatos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

Segundo a Abipesca, cerca de 70% do pescado exportado pelo Brasil tem como destino o mercado norte-americano. Com a nova taxação, o setor estima que aproximadamente R$ 300 milhões em produtos estejam parados entre pátios portuários, embarcações e unidades industriais.

O pedido foi encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prevê uma linha de crédito emergencial no valor de R$ 900 milhões, com seis meses de carência e prazo de 24 meses para pagamento.

A associação alerta que a taxação provocou uma “grave crise de capital de giro” para o setor, pois não há possibilidade de redirecionar essa produção ao mercado interno, que já se encontra abastecido e não absorve os cortes específicos voltados à exportação.

“Caso não haja uma resposta rápida, 35 indústrias e cerca de 20 mil trabalhadores, incluindo pescadores artesanais, podem ser impactados com cortes e paralisações”, afirmou a Abipesca.

No documento, a associação também solicita que o governo intensifique as negociações para reabertura do mercado europeu, fechado às exportações brasileiras de pescado desde 2017.

Contexto da tarifa

No último dia 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou, em carta ao presidente Lula, a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para o país norte-americano. A medida entrará em vigor a partir de 1º de agosto. Trump justificou a ação alegando “ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e a violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.

Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à Rádio CBN que o Brasil não sairá da mesa de negociações com os Estados Unidos. No entanto, destacou que o governo está elaborando planos de contingência para auxiliar os setores mais afetados pela medida americana.

Fonte: Agência Brasil

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