“Prisão” de galo no Paraná não foi o primeiro caso de animal levado para a delegacia pela polícia

“Prisão” de galo no Paraná não foi o primeiro caso de animal levado para a delegacia pela polícia

Século conta a história de um papagaio que passou pela mesma situação, no Estado de São Paulo. E tem mais

Da Redação

Nos últimos dias viralizou na internet a história do galo que foi “preso” e levado, de camburão, pela Polícia Militar de Ivaiporã, no Paraná.. A ave, em questão, foi apreendida por perturbação de sossego após cantar de madrugada e seu dono ser denunciado por um vizinho. O galo ficou famoso depois que sua história virou meme na internet, com um rap em audiovisual que já recebeu milhares de visualizações. Depois da confusão, o pássaro foi mandado para um abrigo provisório, providenciado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Ele foi resgatado pelo dono no outro dia e vendido a um empresário da cidade.

Mas, engana-se quem pensa que esse foi o primeiro caso envolvendo “prisão” de animais no Brasil. Na verdade, desde antigamente, episódios inusitados como esse são registrados de vez em quando. Tomamos por exemplo a situação ocorrida em 1978 com um papagaio, pertencente ao senhor José Firmino de Paiva (já falecido), no município de Poá (SP).

O fato é contado pela moradora de Sorocaba (SP), Izilda de Morais, parente do dono da ave. “O papagaio xingava as pessoas que passavam na rua, chamando as mulheres de puta, biscate, e os homens de corno. Uma vez alguém não gostou, chamou a polícia e o papagaio foi levado para a delegacia. Lembro que deu um rolo danado! Mas, em poucas horas, ele foi liberado porque não tinha como deixá-lo preso. Já ao seu Zé foi dada uma advertência”, conta Izilda.

E não foi só o senhor Zé Firmino que passou perrengue com sua ave. Recentemente, em abril de 2019, outro papagaio foi apreendido após anunciar a chegada de policiais em um ponto de tráfico na Vila Irmã Dulce, Zona Sul de Teresina. Ao avistar os homens fardados o pássaro gritou “mamãe, polícia!”. O aviso surpreendeu os policias que não pensaram duas vezes: cataram o bichinho e levaram para a Central de Flagrantes, de camburão. Depois, o pássaro foi encaminhado para o Zoobotânico de Teresina.

CAVALO

Em outro caso, este ocorrido em novembro de 2017, um cavalo foi “preso” pela Polícia Militar de Nossa Senhora Aparecida (SE) por ter dado coice no veículo de uma mulher. O “delito” deu-se durante a realização de uma cavalgada e, diante do estrago causado no carro, um policial pegou o cavalo e o levou para a delegacia.

Em entrevista ao G1, o proprietário do animal, Wiliams Francisco dos Santos, relatou a seguinte cena: “Quando eu cheguei na delegacia o cavalo estava em uma cela, como se fosse um marginal. Não existiu nenhum procedimento contra mim, mas prenderam o meu cavalo”.  O quadrúpede ficou quase 24 horas no xadrez.

VIDA NOVA

Voltando ao caso inicial, a história do galo apreendido pela polícia no Paraná está tendo como desfecho uma transformação na vida do catador de recicláveis, Élcio Antunes da Silva. O homem, que era o dono da ave, vive em uma casa humilde há mais de 30 anos, que agora será reformada e ganhará móveis novos. A promessa é do empresário Pedro Tecachuk, que comprou o galo cantador de seu Élcio e decidiu ajudar o homem financeiramente para melhorar a qualidade de vida dele. Tecachuk explicou que o galo seria colocado numa chácara junto com outras aves e viveria até “Deus levar ele”. Por iniciativa da prefeitura, uma vaquinha online também foi criada para arrecadar fundos ao seu Élcio.

Século disponibiliza a rap no link https://www.youtube.com/playlist?list=PLVBiYe1czvMOCWCVanArMzW4UMtrrMr1B para quem quiser rir com essa histórica. Afinal, ela é mesmo hilariante.

Fotos: Polícia Militar (PR)/Polícia Militar Ambiental (SE)

O papagaio que denunciou a presença da polícia também andou de camburão

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